De acordo com os pais, os garotos saíram para trabalhar na sexta-feira, por volta das 4h da manhã na companhia de Nilson e Vanderlei, sem que eles soubessem. No dia seguinte, sábado, às 20h um dos elementos, Nilson, voltou até a residência do senhor Divaldo Pereira Francisco, pai de Edson da Silva Francisco, de 18 anos, para avisar que na verdade os adolescentes não estavam arrancando mandioca na Fazenda Palmares e sim trabalhando no corte ilegal de madeira em uma área de preservação da fazenda. Nilson disse ainda que foram surpreendidos com a chegada de supostos policiais vestidos com fardamentos do exército e atirando contra eles.
Segundo compensa jogar na blaze o relato do senhor Divaldo, pai de um dos adolescentes, Nilson disse para ele, que o mesmo em companhia de Vanderlei teria fugido do local em uma motocicleta, deixando para trás os três adolescentes. As famílias dos jovens foram ao local por duas vezes após o ocorrido e constataram a existência de marcas de tiros em árvores, encontraram restos de alimentos espalhados pelo chão e um blusão de motoqueiro, pertencente a Nilson, que foi incinerado, o que para os familiares pode ter sido para ocultar as provas do que ocorreu com os três jovens. Os familiares disseram ainda que os rapazes são trabalhadores e nunca tiveram envolvimento com drogas e não registram passagem pela polícia.