É da capacidade empreendedora e estratégica do marketing da religião que milhões são levados a consumir o jeito próspero de viver um reino do aqui e agora. O público-alvo, ou o target, se revela na pessoa do sujeito que é fragilizado pelas suas angustias, desesperos e tragédias pessoais. O público-alvo é hedonista, individualista, imediatista e altamente consumista. Ele não espera a ressurreição de Lázaro. Ele quer o milagre para o agora, prá já. Portanto, o “Cristo” não pode demorar três dias... O público-alvo precisa de ajuda. Criou-se, então, uma forma híbrida de cristianismo atenuado com a filosofia da auto-ajuda e o espetáculo estético. O resultado é um “deus” objeto de consumo, manipulável, flexível e multiforme para atender aos vitoriosos da fé. Criou-se um “deus” customizado. Assim se faz e a assim é de fato o marketing da religião. A religião é um espaço de negócio lucrativo em franca expansão. Incontestavelmente, para atender aos interesses dos empreendedores da fé, o marketing da religião transformou o sagrado em um grande negócio. Não vendem na porta do templo, vendem dentro do templo, o próprio templo e até o dono do templo. A Verdade da fé é algo que se negocia. Por sinal, um grande negócio. Pois há organizações religiosas que movimentam tanto dinheiro que corresponderia ao PIB de muitos países do chamado terceiro mundo. O melhor dessa reluzente realidade é que não pagam tributos.
Em crédito Caça-níqueis livre não deve depósito meio às questões financeiras e aos escândalos, milhares de empregos são criados no mercado da religião e múltiplos produtos são produzidos e gerenciados por uma classe de empreendedores religiosos que planejam toda a sustentabilidade do negócio de forma a alcançar a alto desempenho operacional do mundo corporativo religioso. Para alcançar o alto desempenho as grandes organizações religiosas são dotadas de uma estrutura hierárquica flexível, variados meios de comunicação interna e um aparato gerencial capaz de planificar ações e mobilizar recursos e pessoas de alta competência para entreter, sensibilizar e seduzir, a fim de que o “pacote de serviços seja comprado”. Inclui-se, no pacote, a facilidade de pagamento por meio digital. É a evidência da superioridade do Marketing da religião.