Várzea Alegre, na região Sul do Ceará é um município rico no que diz respeito à cultura popular. Quando essa cultura tem conexão com a religiosidade, ganha mais em prestígio. Dessa forma tem sido as romarias à Capela de Maria de Bil e ao Cristo Ressuscitado, na Serra do Gravié, distante cerca de 3 km da cidade, que neste dia 31 de março completa 15 anos.
Às 05h, fiéis católicos se encontraram na Praça da Igreja Matriz de São Raimundo Nonato de onde em ônibus seguiram para o bairro Sanharol e na Escola Antão Leandro participaram de um café coletivo. Depois, seguiram para a caminhada pela estreita estrada de terra, cantando e rezando, até chegarem ao alto da Serra do Gravié, onde visitaram a capela, acenderam velas e intensificaram as preces.
Um pouco acima da capela, fica a estátua do Cristo Ressuscitado, ali instalada pela Prefeitura em 1º de abril de 2013, que foi apreciada pelos fiéis que aproveitaram para de lá olharem o vasto Vale do Machado, comtemplando a verde paisagem que se estende até a cidade.
Para os organizadores da Romaria, uma união entre a Secretaria de Cultura e Turismo de Várzea Alegre e a igreja católica, todos os anos é notado que aumenta o número de participantes. O coordenador de Cultura de cidade, Dr. Hélio Batista, disse que a romaria à capela de Maria de Bil é um marco da cultura popular varzealegrense, que atrai fiéis do município e das regiões vizinhas. Muitos pagam promessas e outros aproveitam para refletir sobre o martírio de Maria.
O prefeito Zé Helder (MDB), disse que participou das quinze edições da romaria e lembrou que essa caminhada foi criada em seu primeiro governo, no ano de 2005, para valorizar a cultura popular de Várzea Alegre.
Para o prefeito é fundamental que o povo conheça a história de Maria de Bil, que foi brutalmente assassinada pelo marido dela, Bil, em 11 de março de 1926. Ele comentou que pela forma bárbara em que ela foi morta, numa tocaia montada pelo marido no momento em que estava indo naquele caminho deixar comida ao seu pai, Clementino Romeiro, e aos que com ele trabalhavam, e por todo o misticismo que povoa o imaginário popular que faz de Maria uma santa e de Bil, o homem condenado a virar lobisomem, é que justifica a valorização da cultura popular e da fé do povo.
O coordenador de Cultura, Dr. Hélio Batista, disse que a romaria este ano foi um momento especial, com um aglomerado expressivo de pessoas e com muita fé. Ele disse que conversou com o prefeito que confirmou a intenção de urbanizar o local onde fica a capela e a estátua do Cristo, valorizando ainda mais a romaria e fortalecendo o turismo religioso da cidade.
A religiosa Francisca Lopes, classifica a romaria como um evento maravilhoso e que dele participa todos os anos.
O estudante Carlos Daniel, esteve na romaria. Disse que fez suas orações e também pagou promessa. Para ele, essa é uma história interessante da cultura popular de Várzea Alegre.
O caso do estudante Carlos Daniel comprova o que outros estudantes também acreditam: Que Maria auxilia nas matérias escolares.
Mito
Maria de Bil é mais uma santa escolhida pela fé popular. Conquistou a admiração do povo a partir do seu sofrimento ao ter sido brutalmente assassinada pelo marido, Bil, em 11 de março de 1926, depois de uma relação conjugal mal resolvida em que ele não aceitava o fim do casamento. Isto se deu após Maria descobrir que Bil a traia com a irmã dela, Madalena, que inclusive estava grávida dele.
Maria estava grávida do terceiro filho de Bil. Ela tinha ido deixar o alimento do seu pai, Clementino Romeiro e aos seus trabalhadores na Serra do Gravié, quando foi atocaiada e morta por Bil.
O caminho hoje percorrido pelos fiéis e as cruzes relembram o trajeto feito pelos familiares com o corpo de Maria. As cruzes, são sete ao logo do íngreme caminho e representam pontos onde foram encontradas manchas do sangue da mártir.
Quanto à Bil, há várias crendices sobre o seu destino. Uns contam que ao matar a esposa, ele teria comido as panturrilhas de suas pernas num ritual macabro para não ser localizado. Outros dizem que ele fora assassinado pelo pai de Maria, Clementino Romeiro. Há ainda os que falam que ele foi amaldiçoado e que por isto virou lobisomem. Mas, o que é real é que ninguém sabe ao certo como Bil terminou sua vida.
Capela e estátua
A capela dedicada a Maria de Bil foi construída em 1957, pelo agricultor e proprietário de terra naquela região do Gravié, Zé Pretinho.
Já a estátua do Cristo Ressuscitado, foi erguida em 1º de abril de 2013, pela Prefeitura de Várzea Alegre, no governo do ex-prefeito Vanderlei Freire. O monumento mede 12 metros de altura e foi obra confeccionada pelo artista plástico Adenildo Cavalcante, de Fortaleza, capital do Ceará.
Assessoria de Comunicação
Reportagem: Marco Filho
Foto: Fábio Oliveira
E-mail: imprensa@varzeaalegre.ce.gov.br
Várzea Alegre, na região Sul do Ceará é um município rico no que diz respeito à cultura popular. Quando essa cultura tem conexão com a religiosidade, ganha mais em prestígio. Dessa forma tem sido as romarias à Capela de Maria de Bil e ao Cristo Ressuscitado, na Serra do Gravié, distante cerca de 3 km da cidade, que neste dia 31 de março completa 15 anos.
Às 05h, fiéis católicos se encontraram na Praça da Igreja Matriz de São Raimundo Nonato de onde em ônibus seguiram para o bairro Sanharol e na Escola Antão Leandro participaram de um café coletivo. Depois, seguiram para a caminhada pela estreita estrada de terra, cantando e rezando, até chegarem ao alto da Serra do Gravié, onde visitaram a capela, acenderam velas e intensificaram as preces.
Um pouco acima da capela, fica a estátua do Cristo Ressuscitado, ali instalada pela Prefeitura em 1º de abril de 2013, que foi apreciada pelos fiéis que aproveitaram para de lá olharem o vasto Vale do Machado, comtemplando a verde paisagem que se estende até a cidade.
Para os organizadores da Romaria, uma união entre a Secretaria de Cultura e Turismo de Várzea Alegre e a igreja católica, todos os anos é notado que aumenta o número de participantes. O coordenador de Cultura de cidade, Dr. Hélio Batista, disse que a romaria à capela de Maria de Bil é um marco da cultura popular varzealegrense, que atrai fiéis do município e das regiões vizinhas. Muitos pagam promessas e outros aproveitam para refletir sobre o martírio de Maria.
O prefeito Zé Helder (MDB), disse que participou das quinze edições da romaria e lembrou que essa caminhada foi criada em seu primeiro governo, no ano de 2005, para valorizar a cultura popular de Várzea Alegre.
Para o prefeito é fundamental que o povo conheça a história de Maria de Bil, que foi brutalmente assassinada pelo marido dela, Bil, em 11 de março de 1926. Ele comentou que pela forma bárbara em que ela foi morta, numa tocaia montada pelo marido no momento em que estava indo naquele caminho deixar comida ao seu pai, Clementino Romeiro, e aos que com ele trabalhavam, e por todo o misticismo que povoa o imaginário popular que faz de Maria uma santa e de Bil, o homem condenado a virar lobisomem, é que justifica a valorização da cultura popular e da fé do povo.
O coordenador de Cultura, Dr. Hélio Batista, disse que a romaria este ano foi um momento especial, com um aglomerado expressivo de pessoas e com muita fé. Ele disse que conversou com o prefeito que confirmou a intenção de urbanizar o local onde fica a capela e a estátua do Cristo, valorizando ainda mais a romaria e fortalecendo o turismo religioso da cidade.
A religiosa Francisca Lopes, classifica a romaria como um evento maravilhoso e que dele participa todos os anos.
O estudante Carlos Daniel, esteve na romaria. Disse que fez suas orações e também pagou promessa. Para ele, essa é uma história interessante da cultura popular de Várzea Alegre.
O caso do estudante Carlos Daniel comprova o que outros estudantes também acreditam: Que Maria auxilia nas matérias escolares.
Mito
Maria de Bil é mais uma santa escolhida pela fé popular. Conquistou a admiração do povo a partir do seu sofrimento ao ter sido brutalmente assassinada pelo marido, Bil, em 11 de março de 1926, depois de uma relação conjugal mal resolvida em que ele não aceitava o fim do casamento. Isto se deu após Maria descobrir que Bil a traia com a irmã dela, Madalena, que inclusive estava grávida dele.
Maria estava grávida do terceiro filho de Bil. Ela tinha ido deixar o alimento do seu pai, Clementino Romeiro e aos seus trabalhadores na Serra do Gravié, quando foi atocaiada e morta por Bil.
O caminho hoje percorrido pelos fiéis e as cruzes relembram o trajeto feito pelos familiares com o corpo de Maria. As cruzes, são sete ao logo do íngreme caminho e representam pontos onde foram encontradas manchas do sangue da mártir.
Quanto à Bil, há várias crendices sobre o seu destino. Uns contam que ao matar a esposa, ele teria comido as panturrilhas de suas pernas num ritual macabro para não ser localizado. Outros dizem que ele fora assassinado pelo pai de Maria, Clementino Romeiro. Há ainda os que falam que ele foi amaldiçoado e que por isto virou lobisomem. Mas, o que é real é que ninguém sabe ao certo como Bil terminou sua vida.
Capela e estátua
A capela dedicada a Maria de Bil foi construída em 1957, pelo agricultor e proprietário de terra naquela região do Gravié, Zé Pretinho.
Já a estátua do Cristo Ressuscitado, foi erguida em 1º de abril de 2013, pela Prefeitura de Várzea Alegre, no governo do ex-prefeito Vanderlei Freire. O monumento mede 12 metros de altura e foi obra confeccionada pelo artista plástico Adenildo Cavalcante, de Fortaleza, capital do Ceará.
Assessoria de Comunicação
Reportagem: Marco Filho
Foto: Fábio Oliveira
E-mail: imprensa@varzeaalegre.ce.gov.br