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NOTÍCIAS

14-JUN-2019

Prefeito Zé Helder participa de homenagem ao Padre Vieira na Câmara de Vereadores

#Festa POR MIGUEL MARCELO 14 DE JUNHO DE 2019
O prefeito de Várzea Alegre, Zé Helder (MDB), participou na noite desta sexta-feira, 14, da Sessão Solene da Câmara de Vereadores, comandada pelo presidente do Legislativo, José Dener, onde foi prestada homenagem pela passagem do Centenário de Nascimento do Padre Antônio Batista Vieira (Padre Vieira - 1919 a 2019).

A Sessão Solene aconteceu conjuntamente como ação da Câmara de Vereadores, Prefeitura e AVL - Academia Varzealegrense de Letras, às 18h30, no plenário do Poder Legislativo. A proposta de homenagem foi do vereador do PT, Michael Martins.

Familiares, amigos e admiradores do Padre Vieira compareceram à sessão. Nos discursos de Michael Martins, de José Flávio - sobrinho do homenageado; e do professor e filósofo Dagoberto Diniz, foram dimensionados os múltiplos talentos de Padre Vieira que se destacou como religioso, professor, advogado, filósofo, jornalista, administrador, político e escritor.

O médico José Sávio, usando a palavra facultada, narrou momentos nos quais cuidou da saúde do vigário, destacando sua personalidade firme e irreverente.

Na homenagem teve entrega de placas alusivas ao Padre Vieira aos familiares dele representados pelos seus sobrinhos José Flávio e Maria Élia.

O prefeito Zé Helder, lembrou a genialidade do Padre Vieira e sua importância para Várzea Alegre, afirmando que tem atuado para valorizar a cultura e que na entrada da cidade, sentido Farias Brito/Várzea Alegre, no seu segundo mandato, foi construído um monumento ao Padre Vieira com uma estátua dele ao lado do símbolo de sua luta, o jumento.

Ele ainda citou que no projeto de urbanização da Lagoa de São Raimundo Nonato, iniciado no seu primeiro governo (2005 a 2008) e uma obra complexa e extensa, há um espaço no projeto destinado a receber o museu do Padre Vieira. Dada a complexidade da obra e a escassez de recursos financeiros que o país passa, o prefeito falou que, não construindo esse espaço nesse seu terceiro mandato, fica o projeto para ter sequência numa futura gestão da cidade.

BIOGRAFIA DO PADRE VIEIRA POR DAGOBERTO DINIZ

ORIGENS E FORMAÇÃO

Antônio Batista Vieira - o Padre Vieira de Várzea Alegre - filho de Vicente Viera da Costa e Senhorinha Batista de Freitas - nasceu no Sítio Lagoa dos Órfãos (atualmente Cristo Rei), ao sopé da Serra dos Cavalos, no município de Várzea Alegre, Ceará, no dia 14 de junho de 1919.
Recebeu de Dona Senhorinha os seus estudos iniciais (Carta do ABC). Os estudos primários aconteceram em escolas particulares onde reinavam os castigos físicos, os ditados e a valorização da memorização. Realizou os Cursos: de Admissão e Ginasial no Seminário do Crato. No Seminário Maior de Fortaleza, cursou Filosofia e Teologia. Ordenou-se sacerdote no município de Crato, em 27 de setembro de 1942. Cursou Administração de Empresas na Universidade da Califórnia, Estados Unidos. Fez o curso de Direto na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cursou Licenciatura em Filosofia na Faculdade de Filosofia de São João Del Rei, Minas Gerais.

O PADRE

- Ordenado sacerdote em 27 de setembro de 1942, em Crato
Padre Vieira tinha uma sólida e profunda compreensão antropológica e sociológica da igreja, no sentido de percebê-la como um caminho para que o homem se liberte dos seus condicionamentos de opressão. Dizia ele que "a igreja devia tomar a iniciativa de conciliar as tendências diferentes e liderar um momento universal de concórdia, de solidariedade, de fraternidade". Seguindo o mesmo raciocínio, afirmava só haver um caminho para a valorização do homem, que seria colocar a riqueza, a técnica, a cultura e o Direito a serviço do ser humano.

O PROFESSOR

- Padre Vieira foi professor de Português, Latim, Italiano e Grego no Seminário do Crato de 1943 a 1953.
- Professor de Latim no Ginásio diocesano, 1943 - Crato.
- Professor de Português e Latim, no Ginásio Adahil Barreto, Iguatu - 1955 e 1956.
- Professor de Português, no Ginásio Senhor do Bonfim, em Icó, anos 1957 e 1961.
- Professor de Sociologia Educacional no ginásio Senhor do Bonfim, em Icó, de 1959 a 1961.
- Diretor do Ginásio N. Senhora da Expectação - Icó - 1959 a 1961.
- Professor de Português e de latim no Ginásio N. S. da Expectação de 1959 a 1961.
- Professor de Literatura Portuguesa na Escola Normal São José, em Iguatu, 1965 e 1966.
- Professor de Antropologia Crítica e Problemas Filosóficos na Universidade Santa Úrsula - Rio de Janeiro - 1972 a 1974.
- Professor de Ética na Faculdade Jacobina - Rio de Janeiro - 1974 e 1975

O JORNALISTA

No jornalista, sempre estiveram presentes as reflexões acerca do mundo e do próprio homem, mostrando seu humanismo, sua grandeza, jamais calando diante do angustiante problema de desvalorização do ser humano. Padre Vieira nunca deitou silêncio sobre as desigualdades sociais e iniquidades historicamente produzidas. Jornalista atuante:
- Colunista do Jornal "O Povo", de 1954 a 1966 e de 1979 a 1987. Escrevia crônicas "Bom dia, meu irmão", com o pseudônimo Antônio Teixeira.
- Colunista do jornal "O Nordeste".
- Colaborador dos seguintes jornais: "A Cruz", Rio de Janeiro; "O Unitário", Fortaleza; "Congregação Mariano", Crato; "O Estado", Fortaleza; "Correio Braziliense", Brasília; "Guarani", Fortaleza.

O ESCRITOR

Como escritor, deixou uma obra riquíssima, onde o brilhante conteúdo deixa transparecer a sua inteligência privilegiada e a sua cultura polimorfa. "O Jumento, Nosso Irmão", foi considerado, pela BBC de Londres como o livro mais completo do mundo sobre o jumento. Como escritor, falou da sua "Várzea Alegre" como poucos, mostrando a cultura, o dia-a-dia do homem sertanejo e as suas idiossincrasias. Padre Vieira sempre manteve, como centro de suas reflexões e preocupações, o ser humano, suas dores, sofrimentos, dúvidas e angústias que foram transformados nos seguintes livros:
01. 100 Corte Sem Recortes (1963),
02. O Jumento, Nosso Irmão (QUATRO VOLUMES - 1964),
03. O Verbo Amar e Suas Complicações (1965),
04. Sertão Brabo (1968),
05. Mensagem de Fé para quem não tem Fé (no Brasil, em 1981, e no Chile, em 1983),
06. Penso, Logo Desisto (1982),
07. Pai Nosso (1983),
08. Bom-Dia, Irmão Leitor (1984),
09. Por que Fui Cassado (1985),
10. Gramática do Absurdo (1985),
11. A Igreja, o Estado e a Questão Social (1986),
12. A Família (Evolução histórica, sociológica e antropológica - 1987),
13. Eu e os Outros (1987),
14. Roteiro Místico e Lírico sobre Juazeiro do Norte (1988),
15. Eu sou a Mãe do Belo Amor (1988),
16. Senhor Aumentai a Minha Fé" (1989),
17. Filosofia, Política e Problemas Jurídicos (1989),
18. Fatos Interessantes e Pitorescos (2001) e
19. Crônicas Afiadas (2003).

O POLÍTICO

Como político, foi injustiçado pela elite jurássica e obsoleta da política brasileira. Cassaram-lhe o mandato, mas não o impediram de amar o seu próximo e continuar a defendê-lo. "O sol nasceu para todos, mas a sombra para poucos". Este célebre axioma é fruto das suas reflexões cotidianas sobre o mundo e o homem. As injustiças e a exploração do homem pelo homem, foi o que o Deputado Federal Padre Vieira combateu com coragem e inteligência. Cassar o político não foi suficiente para cassar também o seu eterno espírito de fraternidade e solidariedade. Cassaram o político e fortaleceram o cidadão Antônio Batista Vieira.
- Deputado federal eleito para o período legislativo 1967 a 1970.
- Vice-Presidente da Comissão de Economia da Câmara dos Deputados.
- Presidente da Comissão de Inquérito da Câmara dos Deputados sobre o problema de açudagem no Nordeste.
- Presidente da Comissão Parlamentar de Reforma Universitária.
- Membro da Comissão Parlamentar de Orçamento.
- Membro da Comissão de Reforma do Código Civil.
- Integrante da representação oficial da Câmara dos Deputados ao Congresso Internacional de Municipalismo, na cidade de New Orleans - Estados Unidos - 1968.
- Durante 2 anos como Deputado Federal, pronunciou 82 discursos, além de 27 projetos de lei e diversos pareceres nas Comissões Parlamentares. Esses discursos estão no livro "PORQUE FUI CASSADO".
- Em 1968 teve a cassação do seu mandato parlamentar e dos seus direitos civis por dez anos (Ato Institucional N°5 - AI-5).

O ADVOGADO

- Curso de Direito (1970 a 1974). Depois de cassado o seu mandato parlamentar, Padre Vieira foi para o Rio de Janeiro, onde fez o vestibular para Direito (Universidade Federal do Rio de Janeiro) sendo aprovado em primeiro lugar.
Como advogado, não obstante a decepção com a advocacia, foi um eterno e hercúleo defensor da seleção dos meios mais eficazes para descobrir a verdade e evitar o erro. Como advogado, sempre vivenciou o princípio ético que proteciona os direitos fundamentais do ser humano. Mas decepcionado com a advocacia, em função da inexistência de uma compreensão antropológica e sociológica do Direito, o eminente advogado afirmou: "Penetrei nos umbrais da advocacia, como um neófito, deslumbrado com a beleza e sublimidade dos conceitos jurídicos e os ideais sublimados da justiça. E agora estou enrolando o meu pergaminho de bacharel e enfiando no canudo, como uma eterna sepultura". O nobre causídico sentia com tristeza inefável o aniquilamento do princípio jurídico que se destina a proporcionar aos litigantes, igualdade de litígio e justiça na decisão.

O FILÓSOFO

- Filosofia no Seminário maior de Fortaleza (1937 e 1938).
- Licenciatura em Filosofia na Faculdade de São João Del rei - Minas Gerais 1973 e 1974.
O filósofo Antônio Batista Vieira, aquele que através das profundas reflexões, buscou a compreensão do homem e do mundo em seus conflitos e intempéries. O incansável filósofo não estacionou no campo teórico e conceitual; ele foi mais além, buscando denunciar as injustiças, as agressões ao meio ambiente e tudo aquilo que interfere na realização dos direitos primaciais do ser humano. Foi como filósofo que, em Antônio Batista Vieira, brilharam o padre, o jornalista, o escritor, o advogado, o político e o célebre e inesquecível cidadão varzealegrense.

Assessoria de Comunicação
Reportagem: Marco Filho
Foto: Fábio Oliveira
E-mail: imprensa@varzeaalegre.ce.gov.br

 

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