Após realização de reunião com a participação de mais de 30 representantes de municípios da macrorregião do Cariri, nesta tarde de terça-feira, 09, para avaliar que medidas tomar para conter o avanço da Covid-19, diante das recomendações, por decreto do Governo do Estado do Ceará, para que os municípios em situação de nível grave e gravíssimo para a doença adotem lockdown, a exemplo de Fortaleza, os gestores chegaram à conclusão de que vão esperar a reação dos números da Covid até sexta-feira, dia 12 de março, para decidirem se aderem ou não ao lockdown. "Ficou decidido na reunião, que até sexta-feira nós observaremos os números e faremos uma reunião na sexta-feira, para dentro dos números, analisarmos se vai ser necessário ou não a gente implantar esse lockdown", afirmou o prefeito de Várzea Alegre, Zé Helder (MDB).
Zé Helder disse que a região conta com mais de 40 municípios que concentram atendimento de UTI nas cidades de Iguatu, Icó, Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha e que os leitos das unidades de saúde estão lotados de pacientes Covid-19. "A preocupação de todos nós é exatamente porque os leitos da macrorregião, que estão localizados em Iguatu, Icó, Crato, Juazeiro, Barbalha e Brejo Santo estão completamente lotados. A gente sabe agonia de uma família quando precisa de internar um paciente em leito de UTI e não tem. Então é essa a nossa realidade", disse.
Zé Helder alertou que há uma preocupação também com a nova variante do novo coronavírus em circulação que é mais contagiosa, com maior poder de infecção e de letalidade, inclusive vitimando jovens e até crianças.
Para o prefeito é importante que a população continue usando máscara e tomando medidas de distanciamento social. "É importante que a população esteja cada vez mais consciente da necessidade de praticarmos o isolamento social, de diminuir qualquer tipo de aglomeração, de evitarmos viajar para a região, de sair hoje da nossa cidade para outra cidade vizinha. A população deve continuar com a higienização correta das mãos e o uso de máscara que é fundamental, é obrigatório", falou.
Ele orientou ainda que sigam o que determina o decreto do dia 26 de fevereiro, fechando o comércio não essencial mais cedo, desocupando os espaços públicos a partir das 17h, cumprindo o toque de recolher entre 20h e 05h do dia seguinte. "A gente precisa da compreensão da população, caso não tenha, a gente vai ter que enfrentar, provavelmente, um lockdown. Também, com certeza, se não tivermos cautela, podemos perder mais vidas", disse.
Assessoria de Comunicação
Reportagem: Marco Filho
Foto: Larissa Maria